sexta-feira, 15 de maio de 2009

Repercussão da Season Finale


Vamos girar um pouco e ver as reações do pessoal, uma pequena amostra, da mídia que é gente como a gente, sobre a season finale de 2009 de Lost. Vocês vão reparar que o povo está tão perdido (infame) quanto nós.

O jornal Chicago Tribune, em sua versão online, chama o episódio de "Touched By Jacob", destacando a sua figura, fazendo perguntas sobre o que ele é de verdade, um anjo? Um tipo de Deus? Ou seja, que é uma figura mística está "assegurado" pelo jornal. Também ressaltam o homem (CHEGA de "Paul", não suporto mais fazer Updates sobre isso) que conversa com ele, seria um demônio?

Acho interessante também que o colunista questiona se realmente será essa visão simplista de Bem ou Mal. Outro aspecto levantado é a motivação de Jack para mudar as coisas, o colunista acha que esta explicação não é adequada.

Já a Kristen, da E! filha da mãe, acabei descobrindo um spoiler do caramba sobre uma personagem. Depois farei uma postagem sobre isso. Nhé :( A grande questão é: Zerou tudo com o Incidente?

O Sci Fi online prefere falar sobre a audiência da série no derradeiro episódio. E, como esperado, foi boa, "garnering 9.3 million viewers and a 4.3 rating". No entanto, Lost perdeu, em comparação, 12% em audiência em relação ao ano anterior.

O La Times e o povo que tem um blog sobre TV, destacam o "fade to white", o branco seguido do Lost em preto. Também gostaram de gastar Filosofia e Psicanálise , destacando o belo diálogo incial entre Jacob e aquele que não tem nome :P A pergunta é praticamente a mesma. Seria Jacob um Deus e aquele que não tem nome o Satanás?

A Folha, no UOL, também deu seu pitaco chamando esta temporada e seu desfecho de "mística". Na reportagem, a grande questão para eles é o "They´re coming". "Eles estão vindo". Eles quem?

O Fuzii fez um belo comentário no Ces (Comentários em Série), mas destaco a parte final, ele não gostou deste season finale: Por tudo isso, apesar de estabelecer um caminho fascinante com a morte de Jacob, esse final de temporada foi uma frustração imensa por não dar importância alguma aos personagens que fizeram essa história. A viagem no tempo teve sim seus momentos brilhantes, principalmente ao lado de James e Juliet, mas terminou com a jornada mais desgastante de todas e ainda com grandes chances de servir pra nada. Ou alguém ainda acredita que eles impediram o tal incidente? E que assim, o grande desenvolvimento para toda a mitologia da série, a morte de Jacob e ascensão daquele que se apresentava como Locke, poderia ser apagado nesse simples clarão? Ainda abatido pelo destino incerto de Juliet, me despeço dessa temporada de comentários.

Bom, é isso. De um modo geral as pessoas gostaram desta season finale, mas realmente ficaram perguntas demais. Teremos 17 episódios ano que vem para resolver isso. Particularmente, eu acho que eles darão conta se concentrarem no essencial. E então? O que seria este essencial?

Danielle M

11 Comentários:

Unknown disse...

Vejam bem...rsrs...
Reparei bem no livro que o Jacob estava lendo. Hoje pesquisei sobre Flannery O'Connor e olhem o que descobri sobre o que há nos contos dela,principalmente o "Everythig that rise converge":

"Nas nove narrativas de Tudo o que sobe deve convergir, o leitor das outras obras de O’Connor reconhecerá as mesmas paisagens (o Sul dos campos de algodão, das florestas a perder de vista e das fazendas incapazes de lidar com o fim da escravatura), os mesmos temas (questões raciais ou de fé, em fundo de apocalipse moral) e os mesmos tipos humanos (seres à deriva, em busca de uma salvação impossível).
Este é um “mundo da culpa e da dor” onde toda a gente cai desamparada, sem saber o que fazer das sombras malignas que envenenam as relações entre pais e filhos, homens e mulheres, brancos racistas e negros que não conseguem libertar-se. As personagens tentam muitas vezes mudar o curso das suas existências, mas está quase sempre tudo “consumado”. Há um ímpeto fatal em volta do que as pessoas fazem e dizem, uma espécie de maldade que é como o ar que se respira. Quem busca um rasto de compaixão humana, falha. Quem pretende fugir do abismo, cai nele. Os olhos dos outros são sempre “espelhos retorcidos” que devolvem imagens medonhas, grotescas, visões infernais. E as epifanias não redimem, antes projectam quem as vive para o “centro de um mistério desconfortável”.
O que torna estes contos inesquecíveis é a escrita de O’Connor, tensa como uma corda muito esticada, quase a partir. Mesmo quando descreve as mudanças da luz, um gesto súbito ou a boca que é “como uma grande rosa que tivesse escurecido e murchado”, há uma energia que se acumula e que acaba por conduzir, quase sempre, à explosão trágica de um final que é como um uppercut em cheio nos queixos do leitor. O desfecho de Os Coxos Hão-de Entrar Primeiro, um dos mais espantosos e terríveis que alguma vez li, é um bom exemplo.
As histórias de O’Connor são túneis que perfuram as trevas da condição humana. Túneis em que entramos às cegas, sem saber se alguma vez deles sairemos.

Avaliação: 9,5/10

[Texto publicado na revista Time Out Lisboa]"

Outras coisas que descobri:
- um de seus livros se chama"A vida que salver pode ser a sua";
-Desfecho das narrativas sempre marcado por epifanias;
-A violencia aparece num contexto trágico,mas sempre como fruto do livre-arbítrio,não do destino. "frequentemente,atragédia decorre da ignorancia,mas nunca é perdoada,justificada ou poetizada por um designio divino transcendental"_Cristovao Tezza.;
-"Os contos de Miss O'Connor são todos sobre a operação da graça sobrenatural nas vidas de homens e mulheres naturais"_Caloline Gordon;
-Relacionamento mãe-filho e uso da onisciencia seletiva,narrada em 3º pessoa, que passa ao leitor a visão do filho;
-Sua obra é uma esquisita tentatia de converter ao caminho da luz;
-Preocupação com a questão do bem e do mal,muitas vezes trazendo uma visão espiritual baseada no antigo testamento;
-O uso "grotesto" da violencia com um propósito de revelação. Fazendo isso com uma abordagem não-sentimental,num estilo direto e simples,enquanto trabalha a caracterização do personagem aprofundado em imagens que acentuam essas congruencias.;
-Personagens com mutilações físicas,moral ou espiritual.

Bem...Isso agente viu...desde o 1º episódio da 1º temporada até este último,com Jacob fazendo de tudo pra salvar a própria pele,ou não...rsrs...
Isto é Lost!
Abraços,
Barbara_MA.

Leonardo BA disse...

Nos ultimos episodios o fenômeno Ufo ganha força nas minhas intuições sobre a série. Não queria que fosse por aí mas...

Já andei lendo em outros sites por aí umas explicações nesse sentido e tem mesmo consistência. Explicaria por exemplo a existência da "ilha" e seu bolsão de energia central (motor/combustível) da tal nave?!?!?! esses dois "sujeitos" com certos poderes; e mesmo sobre as referências egipcias existe entre os ufólogos uma corrente que sipõe que sere extraterrestres teriam influenciado o conhecimento desse povo.
Seja o que for, Lost tem me surpreendido desde o início levando a várias mudanças de opinião e entendimento da série.
Ainda bem que temos este espaço para trocar opiniões.

Renan disse...

Eu acredito (ou ,pelo menos, quero acreditar) que o Desmond ainda pode desempenhar algum papel importante nessa história toda.
Quando pensamos em viagens do tempo e questões sobre o destino e o livre-arbítrio, acho que não podemos deixar de lado o Desmond, uma vez que, se bem me lembro, ele foi o primeiro personagem a "experimentar" toda essas confusão temporal. Foi nele onde essas primeiras indagações acerca da viagem no tempo e suas conseqüências começaram a se desenvolver.
Me lembro que, no início dessa temporada, quando Faraday ainda acreditava e tentava convencer todos de que "o que está feito, está feito", o mesmo Faraday, após esse discurso, foi bater a porta da escotilha para falar com Desmond. Nesse diálogo, onde Faraday pede para que Desmond encontre sua mãe, ele afirma que Desmond era "especial" e que "as regras" não se aplicavam à ele.
Nesse contexto, entendo que essas "regras" ao qual Faraday se referia seriam exatamente as regras de que não se poderia mudar futuro através de alterações no passado, no sentido em que, mesmo quando se pensa estar usando de seu livre-arbítrio para mudar o futuro (e o destino, conseqüentemente), só se estaria na verdade confirmando o que já aconteceu (como disse Miles neste último episódio: que eles estariam, ao explodir a bomba, somente fazendo aquilo que estavam exatamente tentando impedir).

Me lembro ainda do episódio (no início da terceira temporada) em que, após a explosão da escotilha, a "consciência" de Desmond volta ao passado (digamos assim), ou viaja do passado ao futuro (quem sabe?)....mas enfim, nesse episódio Desmond vai até uma joalheria para comprar um anel e pedir Penny em casamento. A vendedora era a mãe de Faraday (quando ainda ninguém sabia quem diabos era ela). Ao tentar comprar o anel, porém, a mãe de Faraday diz algo como: "Não, você não compra o anel. Você termina com Penny e vai pra uma ilha ficar apertando um botão por 3 anos". Desmond compra o anel mesmo assim, mas não entrega pra Penny e tudo ocorre "como planejado", como já sabemos. Mas teria tido ali Desmond uma chance de "quebrar as regras"?


Talvez haja alguma boa razão para Desmond não ter, efetivamente, participado desta quarta temporada (ao menos não na ilha). Ou talvez seja só algum delírio meu por excesso de Lost e teorias na cabeça.

Enfim, é isso aí...brotha!

Paralelo (Lauro Edison) disse...

Eu estava convencido de que a teoria de que o fake-Locke é, na verdade, o "Locke do futuro" é claramente falsa - afinal, o Locke do presente está morto.

MAS PENSEI NUMA COISA...

O fake-Locke (se é que é fake) não tem apenas o CORPO do Locke, mas também as suas memórias...Isto fica claro numa série de diálogos pós-Ajira-crash.

E como Jacob, na cena em que Locke cai do prédio, parece ressuscitá-lo com um toque... bem, vai saber! Talvez o Locke morto da caixa volte a viver e, no futuro, se torne o que, hoje, estamos chamando de "fake-Locke".

Mas ok. Eu disse tudo isso e, no entanto, acho que Locke está morto mesmo!

Dado o que a Bárbara postou acima, parece haver uma clara intenção de dar um desfecho terrível e niilista para Lost!

O que, cá comigo, parece fabuloso! kkkkkkkkkkk

DiAngello disse...

BArbara, excelente trabalho! Muito obrigado pela pesquisa, valeu mesmo menina!

Unknown disse...

Pessoal, tem um detalhe que me ocorreu... nem sei como expressar bem pois até na minha cabeça está confuso! Mas basicamente, vcs notaram que após o Ajira pousar na ilha, o Locke aparece vivo, mas com a mesma roupa que estava antes de sair da ilha e ir ^resgatar^ os Oceanic 6, e não com o terno em que aparece morto no caixão. Então me ocorreu que o "fake-Locke" pode ser o próprio Locke, mas que ainda está nas viagens do tempo, nos clarões, indo e voltando no tempo. Num desses clarões, ele pode ter caído do futuro, na época em que o avião da Ajira pousou, e viu tudo aquilo acontecer, da mesma forma com que ele se viu ferido na ocasião em que pede para o Richard retirar a bala dele e dizer que ele terá que morrer... é confuso, mas pode ser uma explicação!

MFB disse...

Eu havia lido sobre algo de a ilha ser o Eden, e agora parece plausível. Os homens teriam comido o "fruto proibido" do conhecimento (ciência) e assim foram expulsos do Éden. Nenhum humano nasceria mais na ilha, por isso a referencia a deusa da fertilidade (uma tentativa de salvação). Quanta a luta entre o bem e o mal, para mim e evidente desde o episódio da 1 temporada em que Locke ensina os preceitos do Gamão para Walt, e depois Jack encontra no bolso do "Adão" duas pedras (brancas e pretas) do gamão.
É evidente que a fórmula de Lost é a mesma de Star Wars (mitologia + tecnologia). Duas forças lutando por influenciar os homens, uma o bem e outra o mal, sempre através de sussurros, aparições, tentações. Que a mitologia egípcia e grega seriam o fio condutor da série, isto está posto desde o princípio. Olhem para o sétimo episódio da temporada 1, no qual, quando Charlie é introduzido nas drogas por seu irmão, o mesmo usava uma camiseta em que estava estampado o deus Seth (SETH, personifica a ambição e o mal. Considerado o deus da guerra e Senhor do Alto Egito durante o domínio dos Hicsos, tinha seu centro de culto na cidade de Ombos. Embora inicialmente fosse um deus benéfico, com o passar do tempo tornou-se a personificação do mal. Era representado por um homem com a cabeça de um tipo incerto de animal, parecido com um cachorro de focinho e orelhas compridas e cauda ereta, ou ainda como Tífon, um animal imaginário formado por partes de diferentes seres, com a cabeça de um bode, orelhas grandes, como um burro. Associavam-no ao deserto aos trovões e às tempestades. Identificado com o lado negativo da lenda, a luta entre Osiris e Seth era a luta da terra fértil contra a areia do deserto).
Lembrem que quando o monstro de fumaça saiu do subsolo (O lugar do thanatos grego). Quando Jacob ofereceu peixe a ele, com certa ironia, há uma recusa, pois o mesmo apenas se alimenta de homens.... (Por isso, "não obrigado, já comi). Estou elaborando uma reposta (talvez apressada) sobre a natureza da ilha e dos losties. Vou lançar em meu blog (www.mauriciofernando.wordpress.com)
Há também a questão do fogo que "nada queima" quando Jacob aparece, que faz alusão ao fogo que Prometeu teria roubado. O fio do destino das moiras, a inscrição em grego, etc...

Abraço,

MFB.

Unknown disse...

MFB
Eu concordo plenamente, postei algo parecido, mas em outras palavras nos comentários do post 516 - "The Incident" (Season Finale)
Tem tudo a ver!
E a imagem do deus segurando o Ankh, símbolo da imortalidade, e depois aparecendo quebrado, sem o Ankh (imortalidade quebrada ou perdida), dando ênfase no calcanhar, me fez lembrar do "calcanhar de Aquiles", o ponto fraco... teria algo a ver com o ponto fraco, a "falha no sistema" mencionada pelo "inimigo" (ou Locke, ao que parece) do jacob para conseguir voltar para matá-lo? Muito interessante!

Claudio Braja disse...

Caras, só alguns pensamentos soltos ... Tivemos Star Trek no dia 7 e na segunda semana, os finales de Fringe e Lost, os tres falam sobre viagens no tempo, realidades alternativas, mundos paralelos ... não quero soltar nenhum spoiler (de novo), mas quem assistiu Star Trek e Fringe sabe que a relação não é meramente coincidência a começar do diretor/criador ao elenco, e a primeira cena com apelo sentimental de Star Trek ? Vai diser não lembra a cena do Sawyer com Juliet, até a musica são meio semelhantes. Não sei se propositalmente mas JJ esta deixando sua assinatura por ai.
"Vida longa e Próspera" Y!

Clemilton disse...

Essas relações de ideias entre filmes ou séries sempre existe... no filme Superman (o último), usaram a mesmíssima trilha sonora de Matrix (um coral de Ohhhhhhhhh!!!) na hora em que o heroi está agindo no desastre do avião...

Barbara... vc é pernambucana... aqui todo mundo conhece o idioma do "Veja Bem"... :p

Unknown disse...

Afinal estavam todos mortos???A igreja é a passagem para o reino do céu simbolizado com a luz intensa??estavam todos mortos ??? foi tudo uma alucinação??? 2 tempos paralelos?? 2 dimensões paralelas?? O simbolo na igreja ao lado das maiores religioes monoteistas e as 2 maiores filosofias, é o que o simbolo da religiao da ilha??? o que é a ilha??? Jacob e o fumacinha (Locke) sao o bem e o mal???
Muitas perguntas, por mais que tenha algumas respostas aqui no blog, são teorias acho que nem o s criadores da série conseguem respondê-las!!!foi essa série uma maneira de conseguir ibope para uma historia do tipo Flannery O'Connor regado a muita ação e ficção cientifica???? Seja como for gostaria de expressar minha decepção profunda com o final da série, muitas perguntas, e ofinal na igreja não deixa espaço para teorias,:- Ou morreram!! OU foram raptados pelos UFO's !!!!

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