segunda-feira, 29 de março de 2010

Post especial: Balanço da Sexta Temporada

Cinquenta e quatro dias. Oito episódios. Aproximadamente seis horas. Essa é a distância que nos separa do final de Lost. Durante oito meses nós, fãs, enlouquecemos juntos e também todo o mundo à nossa volta aguardando ansiosamente o início da sexta temporada. Agora estamos na metade dela, chegando muito perto do tão esperado desfecho. E, assim como na trama, em que sentimentos opostos se misturam, dentro de nós há um misto de ansiedade por obter as respostas que desejamos, e melancolia por saber que, na manhã de 24 de maio de 2010, não teremos mais nenhum episódio de Lost para esperar.

E o meio do caminho desta derradeira temporada não poderia ter sido mais genial. Ab Aeterno é, sem dúvidas, um marco para a série. Pela primeira vez ouvimos personagens fundamentais para a história da Ilha falarem diretamente sobre Ela. Pudemos novamente ver um embate entre aqueles que, pelo menos por enquanto, parecem carregar todas as respostas sobre a mitologia da série. Nos emocionamos com mais uma comovente história de amor, brilhantemente protagonizada por Nestor Carbonell, que interpreta o misterioso Richard Alpert – personagem cujo passado pudemos, finalmente, conhecer. Por tudo isso, o nono episódio é considerado pela maioria dos fãs um dos melhores de Lost, e certamente o melhor da temporada, até agora. Especialmente pelas respostas que ele nos trouxe.

Respostas. Essa deve ser a palavra chave que vem à mente dos espectadores quando pensam no fim de Lost. E a quantidade de respostas dadas ou não foi um dos quesitos que mais pesaram na avaliação dos episódios vistos até aqui. De maneira geral, o público parece estar pouco paciente para as novas perguntas, e ávido por respostas claras. Mas o caminho não parece ser assim tão simples.

Começamos a temporada com – literalmente – uma bomba. Não me refiro somente à Jughead, mas sim à informação de que há, de alguma maneira ainda não explicada – uma realidade alternativa, em que o vôo 815 pousa sem maiores dificuldades no aeroporto de Los Angeles. Com isso, todos os personagens têm novas vidas, que vêm sendo mostradas em pequenas doses a cada episódio.

E são justamente esses momentos os mais criticados até agora. Muita gente tem dito que se trata de um tempo precioso que os roteiristas estão desperdiçando ao invés de se focarem em resolver os incontáveis mistérios. De que interessa saber que Kate continua fugitiva, Claire não entregará Aaron para a família adotiva, Ethan está cuidando dela, Locke continua paraplégico e vai casar com Helen, Jack tem um filho, Sayid continua assassino mesmo sem querer, Nadia é casada com o irmão do Iraquiano, Ben é professor da Alex e dessa vez salvou sua pele, além de viver bem com seu pai depois de saírem da ilha, Sawyer é policial, parceiro de Miles, e continua pegando todas as mulheres que quiser – inclusive a Charlotte?

No entanto, vale a pena lembrar a todos que ninguém sabe melhor do que os responsáveis pela série que este é o último ano e eles precisam aproveitar. Portanto, parece-me bem claro que nada do que está sendo exibido é supérfluo. Acredito que seja apenas uma questão de tempo até entendermos o sentido de tudo isso. Sugiro muita paciência e, acima de tudo, encarar o show como o que ele é: uma obra ficcional e de entretenimento. Que tal curtir a emoção de ver Ben tendo uma segunda chance com Alex, ou Jack podendo dizer para o filho aquilo que sempre esperou ouvir de seu pai?

Enquanto isso, na ilha, as coisas parecem deslanchar. Até o momento, a lista de mistérios concluídos tem aumentado de maneira significativa. Quem não se emocionou ao finalmente ver o Black Rock chegando à ilha? E a surpresa ao descobrir como a estátua de Taweret acabou daquela maneira? Pudemos também conferir item a item a lista de Jacob e entender de onde vieram os Bad Numbers. Além disso, conhecemos o Templo, soubemos um pouco mais de Ilana, reencontramos Claire, e testemunhamos um retorno pra lá de esperado; Charles Widmore desembarcou com tudo na ilha, pronto para uma grande batalha!

E assim começamos a última metade da última temporada, de um lado acontecimentos que ainda não compreendemos muito bem, de outro o prenúncio de um desfecho épico. A mim não resta dúvidas de que cada instante gasto na frente do computador ou da TV valeram toda a pena, e que chegaremos ao dia 23 de maio muito orgulhosos de termos acompanhado a maior saga da televisão mundial. Vamos juntos?

Beijos a todos,

Ju Teixeira

6 Comentários:

Marcelo Alvez disse...

Ab Aeterno esta na relação de melhores justamente por dar aos fãs um pouco do que as outras temporadas e infelizmente a ultima tanto negaram: respostas.
O dualismo mistica x personagens que muitos veêm é falso, o que todos os fãs de fato esperam são respostas que a pinga gotas e muitas vezes de forma insatisfatória os produtores tem revelado nesta temporada.
Vemos que muitos mistérios foram respondidos de forma descuidada, como que para dar satisfação à exagerada indagação plantada sobre fatos completamente irrelevantes para a trama, como o motivo da estátua estar quebrada (que por sinal, com as informaçoes até agora fornecidas, foi bem mal executada, pois oq explica o dia ensolarado e mar calmo de um capitulo para uma onda gigante em meio a tormentas no outro, capaz de destruir uma estatua sólida de pedra, mas manter intactos não só o navio que se manteve em perfeitas condiçoes como também toda a floresta e praia que o cerca?).
Só vejo uma possibilidade para a realidade alternativa: no ultimo episódio algo acontecera na ilha e o que era alternativo se tornara o final efetivo dos personagens. Mas a execução esta muito ruim, não se cria vinculo com o espectador uma vez que dessa realidade nada se pode surpreender ou esperar até que nos seja revelado qual o seu objetivo, enquanto isso testemunhamos, insossos minutos que terão seu valor mais pra frente, mas que agora nos parece um grande desperdicio.
Vejo que muita expectativa foi criada, mas infelizmente nao confio na capacidade de ve-la satisfatoriamente atendida. Não compartilho da fé a la Locke que muitos fãs tem nos produtores, parece até religião e muitos se sentem ofendidos se ouvem criticas a este fascinante, mas não perfeito, programa de tv.
Abraços

Constantine disse...

Muito bacana esse post!

Agora, em relação aos mistérios: ficou estabelecido que a estátua se quebrou na chegada do Black Rock à ilha, ou seja, fins do século XIX.
Então, a teoria que alguns colocaram (do porquê de as mulheres na ilha não passarem do 2° mês de gravidez) tivesse algo a ver com a estátua (que seria de uma deusa responsável pela fertilidade) foi pra vala.
Isso pode ser um indício interessante para aqueles que estão desesperados por evidências científicas na série - ou não. Hehehe.

Linus disse...

Cheguei a pensar que Jacob e MIB são duas faces do Aaron, em diferentes realidades.

Um deles, é o Aaron criado por outra pessoa. O outro, é o Aaron criado pela Claire. (lembrem do vidente dizendo q ele não deveria ser criado por outra pessoa).

Mas foi apenas uma suposição.

Lembrei tb, e podem me corrigir se estiver errado, q certa vez os criadores da série disseram q Jacob (bem antes de ele aparecer) era alguém q já conhecíamos...procede?

Linus disse...

Alguns mistérios foram respondidos, outros não...

A vida de Richard, a chegada do black rock, a forma como a estátua foi destruída, o papel q Jacob deu a ele como "intermediário" e o seu dom...e a explicação sobre a ilha ser aquilo q deixa o mal preso onde deve ficar.

Mas q fique claro...acho q está bem evidente q Jacob usou de metáforas na sua explicação. Tem algo mto maior a ser explicado ainda.

Uma pergunta q me faço é...com tantas pessoas q haviam estado na ilha antes do Richard, com o pouco q Jacob o conhecia...pq ele lhe deu o "trabalho"? Oq ele viu no Richard naquele momento q nunca havia visto em ninguém? Ou foi apenas o interesse de trazê-lo para o seu lado naquela hora?

Unknown disse...

Sobre a fertilidade, eu tenho uma teoria interessante.

Acho que ela está relacionada com Jacob. Já que ele mora numa estatua de tawret (deusa da fertilidade) Acho que depende dele.

No periodo da Dharma, vimos que a fertilidade ainda acontecia, foi depois dela que tivemos o problema.
Acho que tem a ver com o confinamento de Jacob na cabana. Ela foi construida ao final do periodo Dharma por Horace.

Acho que durante o periodo em que ele esteve lá dentro, ninguem podia ter filhos na ilha. Depois que o fumaça quebrou o circulo de cinzas (imagino que com a ajuda de Claire, quando ele recrutou ela disfarçado de Christian Shephard), o Jacob se recolheu de volta pra estátua e hoje está tudo normal de novo.

KA disse...

Depois de Ab Aeterno, minha fé no roteiro ficou tão abalada quanto a estátua após o tsunami.
Espero estar errada.

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